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quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

ele chegou ..



Chegou a época do ano em que os malvados se arrependem, os preguiçosos prometem determinação, em que até os calmos clamam por agitação.

As famosas festas de fim de anos, obrigando-nos a confraternizar com que não simpatizamos e a desejar coisas boas pra quem nem se quer mantemos contato.

Diga-me se existe época mais falsa do que o fim de ano?

Porque o carnaval é devasso e todo mundo sabe.

No dia do trabalho, ninguém trabalha.

Sexta-feira da paixão, não tem paixão, mas diversão.

A semana santa, de santa não tem nada.

Todos os feriados do ano são verdadeiros, todo mundo sabe para que eles vieram ao mundo.

Mas o Natal e Ano Novo, esses não. A gente insiste, mente pra si mesmo, repetimos: época de confraternizar, mudar, querer o bem ao próximo, parecemos aqueles anjinhos pendurados na arvore de natal.

No fim do ano, ninguém pode ficar triste, ninguém pode reclamar, é época de agradecer, é necessário fingir que os problemas não existem, só porque o bom velhinho quer um comportamento exemplar.

O dia 24 de dezembro então.. você visita aquela tia chata que sempre te dava uma boneca do 1,99, é obrigada a comer o peru que a sua vó preparou, chega a ceia e os abraços se multiplicam, os sorrisos falsos se estampam e todo mundo finge que se ama e é feliz. Afinal, é natal.

No dia 31, você escolhe uma calcinha amarela e um vestido branco: dinheiro e paz. E acredita fielmente que o resto do ano será assim, come lentilhas, nada de aves, pula as 7 ondas, sorri, bebe, toma um porre e na manhã seguinte nem lembra mais das promessas que fez. Já começa o ano mentindo..

A única coisa de amarelo que carregarei nesse réveillon vai ser o sorriso, e de branco a calma pra seguir em frente, de verde a esperança de que tudo irá melhorar, de vermelho a crença que o amor ainda existe, de azul a serenidade pra suportar e que o roxo traga a nobreza de espírito que preciso.

Não quero desejar um feliz 2012, para não soar falsa. Mas desejo um próximo ano de verdades para todo mundo!! : - )

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

argh..


Tem dias que o mau-humor impera, você acorda com aquele sms do *144 dizendo que foi “premiado” e “ganhou” uma moto, tem maneira pior de acordar? Você nem sabe andar de bicicleta, pra que uma moto?

Mesmo que todos os ossos do teu corpo te peçam pra ficar na cama, você insiste em levantar porque lembra das mil obrigações a fazer. Tem coisa mais chata que obrigação?

Você não toma café já que está atrasado, corre para a fila de uma repartição pública. E me diga se há algo mais irritante que uma fila? E você sabe que no final da fila será provavelmente atendido por algum retardado mental que não entenderá seu problema ou não quer resolve-lo.

Chega a hora do almoço e advinha? Prato do dia: carne com legumes. Pronto, podem assinar meu atestado de óbito, porque não tem nada que me deixe com mais raiva do que “qualquer-coisa- COM-LEGUMES”.

Você não dorme à tarde já que o tempo é curto, tem uma tarde de trabalho “meia-boca”, chega às 18h0, você pega um transito “cachorro” pra voltar pra casa, e ainda tem mais 4h00 de aula pela frente. E as pessoas ainda chegam pra você e falam: Porque essa cara?

Sinceramente, na próxima vez que eu receber um sms desses, eu não saio da cama nem que o premio seja uma casa nos Hamptons...

sábado, 19 de novembro de 2011

A calmaria..



Eu sou daquelas que acordo com a cabeça e o coração a mil, tenho oscilações de humor tanto quanto constantes e mudo de opinião quase que sempre. Então, mesmo que o mundo lá fora esteja calmo, ondas leves e vento fraco, eu me encontro em pleno tsunami.

Não controlo meus pensamentos, eles sim, me controlam a todo instante.

Penso, invento, re-invento, re-penso e não concluo.

Não concluo porque mudo de opinião de novo e de novo, não que isso signifique que sou uma pessoa flexível e volúvel, longe disso. Tenho pensamentos que seguem uma mesma linha de raciocínio, mas que não se decidem, simplesmente porque não querem.

Pareço uma libriana, cheia de indecisões, cadê a segurança da leoa que deveria existir em mim?

Acredito em signos sim, acredito em tudo: macumba, olho-gordo, reza forte e banho de sal grosso. Se me disserem que é a solução para os meus problemas, eu encaro.

Mas a minha mente inquieta, minhas dúvidas que nem eu reconheço, meus medos que se re-inventam todos os dias ou qualquer outro karma que eu tenha adquirido, esses só se resolvem com aquela calmaria que vem de dentro.

Aqueles segundos de paz que surgem meio sem explicação quando toca sua música no rádio ou que você lê uma frase que gosta.

A minha calmaria se tornou esses fragmentos de momentos especiais: a cor dos olhos de alguém especial, o cheiro do meu travesseiro, o olhar penetrante da minha gata, o escuro do meu quarto, e o sol que entra logo pela manhã, as duas telas do computador no trabalho, o cansaço no fim do dia e a certeza de que é preciso continuar.

E no fim desses momentos eu respiro e tento entender o porquê de ter que estar aqui, e aí eu penso e começa tudo de novo... Mas que mal tem? Dizem que a história é cíclica, porque eu não seria?

Texto pra ler ouvindo : Phonique feat. Rebecca - Feel What You Want http://www.youtube.com/watch?v=WFGzorys7ao

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

o que eu acho..





Durante muito tempo achei que encontraria alguém perfeito, com os mesmos gostos, mesmas vontades, mesmos ideais pra dividir os dias.

Na verdade me foi dito que todo mundo tem uma metade que precisa ser completada, uma panela que precisa ser tampada e uma meia furada pro sapato velho.

Até que eu "descobri" que na verdade não somos panelas, nem sapatos, nem laranjas para ter um complemento, somos pessoas independentes e únicas que precisam encontrar no outro não uma metade, mas um apoio

Venho percebendo que o maior erro que podemos cometer é de colocar nosso futuro nas "mãos" de alguém, todos são sucetíveis a erros e acertos e por não sermos "laranjas" e não termos "metades", possuímos cada um vontades próprias e caminhos opostos.

A melhor coisa que pode acontecer na sua vida é encontrar alguém que pegue na sua mão e caminhe ao teu lado.

Que discorde das tuas certezas, que concorde com as tuas dúvidas.

Que escolha Sprite no lugar da Coca, só pra te agradar.

Que se atrase quase sempre, sem desculpas.

Que erre e se arrependa.

Que te peça desculpas meio envergonhado da besteira que fez.

Que agradeça um presente com cara de criança com o primeiro video-game.

Que aguente as tuas crises de choro.

Ou pior ainda que aguente a tua chatisse diária e mau humor.

Que suporte as "patadas" e te dê algumas, porque o outro não é perfeito.

Que te mostre que o momento é importante e que o futuro é só conseqüência do agora.

Que te deixe segura pra caminhar sozinha .

E que te decepcione vez ou outra, pra te provar que é preciso ser independente.

Que suporte teus amigos e tua família, ainda que a contra a gosto, porque por você vale a pena.

E que acima de tudo te respeite, mesmo quando a rotina chegar, quando a desconfiança bater ou quando você errar. Porque é o respeito mútuo que faz as coisas caminharem...

terça-feira, 27 de setembro de 2011

DDD : Dor da Dúvida



Não existe nada que doa mais, do que a dor da dúvida.

A dor do não saber, do não ter certeza, a dor que vai e volta a qualquer momento.

“Achismos” e especulações aos montes e verdades de menos. Incertezas nos baldes, desconfiança aos kgs e aquele medo que não existia aparece... e FICA.

Venho lendo que a dúvida sempre vem acompanhada do espanto, ilusão, erro e ignorância.

Espanto por ver as tuas verdades colocadas como mentiras.

Ilusão, erro e ignorância como fatores que levam a dúvida. Quando descobrimos que estávamos iludidos começamos a duvidar da situação.

Quando descobrimos um erro ou que estávamos errados damos a deixa para o nascimento da “maldita”. Ou a ignorância, ignorância demais pra discutir, procurar respostas ou certamente encarar a verdade.

Muitas pessoas não vão atrás de verdades, por serem fracas demais pra aguentar suas respostas. Mas digo uma coisa: se você tem “cabeça”, “imaginação” ou o que quer que seja para dúvidas, você tem que ter estômago para as verdades.

Algumas vezes você vai receber certezas como respostas, certeza de que sua dúvida era correta, que seus planos agora podem tomar a direcção certa, certeza que a dúvida foi favorável para o teu crescimento.

E em outras muitas vezes, a tua dúvida não te dará uma certeza e sim uma falta total de convicção em você, nas pessoas, no mundo e no que vem pela frente.

Nada pode ser mais cruel do que uma dúvida que não é esclarecida, naquele “e se” permanente, no “talvez” que não descola nos ouvidos e no “quem sabe” que não sai da boca.

Só quem tem dúvida conhece o gosto amargo da água logo pela manhã, a falta de apetite ao meio dia e a cabeça que não para de criar mil hipóteses para as especulações, o sono que vem mas logo vai embora e a desconfiança, essa sim, fica, até que você encare a realidade a tua frente.

Porque dúvida não desaparece com alguma história contada ou explicações demasiadas, dúvida só desaparece quando você vê ou escuta da boca de quem deseja as respostas. Ou quando a vida resolve te dar uma “surra” de realidade e te mostra que o mundo vai muito além das tuas especulações.

Você pode viver um relacionamento de dúvidas, um trabalho incerto, uma família insegura mas o que você não pode ter é uma VIDA de dúvidas.

Sou a favor de irmos tirando dúvida por dúvida de cada sector da nossa vida, é preciso tentar coisas e pessoas novas pra caminhar pra frente, ou aceitar que você errou ou que o outro errou e dar continuidade pra saber o porquê de tudo.

Muitas pessoas vão nos decepcionar, iremos decepcionar muitas também e criaremos assim, dúvidas nas nossas vidas e na vida dos outros.

Vai de cada um saber se a desilusão pode ser superada, se o erro e ignorância podem ser deixados para trás e tentar caminhar talvez ainda machucado.

Porque nunca esqueça: é sempre a dúvida que te impede de tentar.. e ser feliz.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

vitium ..




Quando nasci viciei no pipo, fiz 5 anos e não largava o game boy, aos 7 só queria saber de The Sims, aos 13 foi o Orkut, aos 17 as baladas e agora às vésperas dos 21...

Me viciei em um certo sorriso.

Em uma outra cara inchada pela manhã.

Em uma paciência que eu não possuo.

Em um abraço que parece a minha paz.

Viciei num tom de voz até pouco tempo desconhecido.

Nesses pés, sempre tão macios.

Nas verdades que tu me contas.

Nos ciúmes que tento controlar.

Nos cafunés, coçadas nas costas e beijinhos.

Me viciei em ti, no teu jeito, teus defeitos e todos os clichês que só alguém apaixonado pode ver.

Viciei nesses detalhes que só o coração reconhece. E peço, peço à cada instante que esse vício não tenha cura e que possa permanecer por muito tempo viciada em ti.

terça-feira, 26 de julho de 2011

O que os olhos não vêem... a paranóia inventa!!




Sou do tipo que cisma com tudo, vou acumulando as informações nessa cabecinha e crio os meus próprios roteiros. Quando vejo já tenho um filme completo, e eu mesmo já não sei o que eu criei ou o que pode ser real.

Vou assumir que realmente sofro, que crio fantasmas, que re-invento o que nunca existiu.

Mas o pior: às vezes acerto.

Sou paranóica mesmo, alimento um mesmo pensamento até o fim, até as coisas clarearem, e até ter as respostas. Se não, fico com aquele pensamento guardado, e garanto que isso me tira o sono, bom humor, paciência.

Gosto de tudo bem explicado, dou valor aos detalhes, se pergunto sobre alguma coisa ou alguém é porque quero saber. Se a pessoa me responde com um: deixa isso pra lá!, é suficiente para que eu não deixe isso pra lá nunca.

A paranóia pode acabar com você ou melhor comigo e com os meus, seus relacionamentos. Detrói a confiança que demoramos tanto a construir, acaba com a paz que tanto lutamos pra conseguir e me faz criar sentimentos, dúvidas, ridicularidades.

A única opção que encontrei pra viver em paz comigo e com os outros, foi de realmente acreditar que cada pessoa é única e que ainda bem, os erros não são os mesmos.

Não é porque um grande amigo foi sacana, ou um grande amor foi traíra que esses erros devem se repetir no futuro.

Me esforço muito pra ter uma grande aliada comigo, a verdade, tento ao máximo não ir contra os meus princípios e deixar tudo às claras.

Admito, já fui adepta a joguinhos, já quis descobrir o que não me interessava e claro encontrei muito. Poderia ter deixado pra lá, deveria ter deixado a vida se encarregar de me dar às respostas. Mas a paranóia e a desconfiança me faziam buscar o que não existia, ou que às vezes eu mesmo fazia existir.

Enfim, a partir de agora, eu confio até que me provem o contrário e amo até que eu acredite que é merecido. A minha parte está sendo feita, espero que os outros reflitam em mim o que plasmo neles..

*Obs: Já tô com saudades Fon..

segunda-feira, 20 de junho de 2011

querer..


Quero um futuro daqueles que se vêem em filme, sabe?

Natal com neve e férias na praia.

Não vou pedir filhos loiros com olhos azuis, porque a genética aqui não colabora, mas aceito aqueles olhos castanhos que parecem amêndoas.

Quero minha primeira casa pequena, mas aconchegante.

Quero fotos na sala e nada de telefone no quarto.

Espero encontrar a minha realização profissional.

Quero ter dinheiro para fazer o que há de mais necessário, e aceito que durante 1 mês no ano as contas se apertem, para eu não esquecer de dar valor.

Quero cada dia mais amar as pessoas.

Quero perder essa acidez e o mau humor matinal.

Quero muito voltar em um lugar que visitei e rever pessoas que se perderam.

Quero compreensão.

Quero falar menos e ouvir mais.

Quero poder falar com convicção do que passou e entender para que tantas experiências.

Já o meu amor não precisa ser desses de cinema, aceito alguém que esteja na hora do jantar e que me escute até quando eu estiver calada.

Quero poder dizer que sou apaixonada pela pessoa que escolhi até os últimos minutos e quero ser fiel à ela.

Quero um daqueles amores que mesmo que o mundo esteja acabando lá fora, o meu mundo aqui dentro esteja seguro.

Quero muito ler esse texto daqui há alguns anos e poder estar feliz com o que estou lendo.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

12.06.2011


O tão temido dia dos namorados chegou e com ele recebo a certeza de que se a vida não for uma imensa caixinha de surpresas não sei o que ela é.

Há exactamente 56 dias atrás achei uma pessoa que tem completado a minha rotina, e fez dessa data já tão esquecida por mim, um dia não só comercial, como sempre achei que ele fosse, mas trouxe o verdadeiro sentindo do gostar, amar e querer bem.

Venho percebendo que o amor cresce um pouquinho à cada dia, e daí vem a importância de criar bases, solidificar os sentimentos, conquistar a confiança e transformar esse sentimento que inicialmente é um mero interesse em algo indispensável no futuro. (Sim. Sou eu Paoula, escrevendo aqui...)

Sempre fui uma admiradora da liberdade, da noite, amigos, baladas e tudo que compõe a solteirice, fui convicta de que ficar sozinha era a verdadeira solução para guardar o coração intacto, sem sofrimentos. Sempre fugi de relacionamentos e realmente sempre fui alguém feliz com a minha “escolha”.

A coisa mais importante em qualquer estado civil que você viva, é de estar feliz com o que você tem no momento, mesmo que não seja por escolha sua e sim por ser “o jeito”.

Durante alguns momentos, me desesperei, achei que não era digna de ser amada, achei que os meus erros e defeitos sempre me impediriam de encontrar alguém que me aceitasse, mas aí quando você se sente calma e vê que nada mais é do que uma questão de tempo. E percebe que o remédio não é sair e achar que o homem/mulher da sua vida vai aparecer hoje, é que as coisas realmente acontecem.

Dizer que o amor é imprevisível, é um imenso clichê. E sinceramente, não concordo com ele.

O amor é mais do que previsível, acontece quando o coração acalma.

Desespero é antônimo de felicidade. Ninguém é feliz se esta desesperadamente em busca de alguma coisa ou de alguém.

Ninguém é feliz se precisa provar para os outros que achou o homem da sua vida e ninguém é definitivamente feliz se é exageradamente “alguma coisa”.

Tudo que é demais no amor, sobra. E eu não quero nenhum tipo de resto.

O amor só acontece quando você está preparada para recebê-lo. Se não, não é amor. É sexo de madrugada, ligações desesperadas, porres desnecessários, ciúmes enlouquecedores, desconfiança continua. E sinceramente, não quero isso pra mim.

Então por favor, tire seu Santo Antonio de cabeça pra baixo e agradeça pelo que você viveu e pelo que poderá viver, se estiver preparado para recebê-lo.

Não esqueça: o amor verdadeiro só acontece para quem está pronto, o que vier no meio tempo são degraus, fases como em um game que precisam ser superadas.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

sem devolução..


Gostaria que alguém me amasse não pelo o que fui e nem pelo o que eu posso ser. E sim, pelo o que eu quero ser pra essa pessoa.

Nem pelos meus erros ou acertos, e sim, por tudo que posso acrescentar no dia – à – dia de alguém.

Quero alguém que aceite o meu cabelo bagunçado pela manhã e a maquiagem que sobrou da noite anterior.

Prometo lealdade e fidelidade, assim como respeito. E em troca quero uma permanência sincera. Sinceridade, só isso.

Aceito todos os cálculos possíveis. Procuro alguém para somar a companhia, multiplicar as alegrias, dividir os sorrisos e subtrair a solidão.

Eu assumo que sou ciumenta, e até um pouco paranóica. Mas quem não é?

Sou leonina e insegura, preciso de auto-afirmação. Pode ser repetitivo, eu não ligo. Sou do tipo que só acredita em alguma se ela for dita duas vezes.

Não gosto de rosas, prefiro orquídeas, porque elas duram e preciso de algo que dure (nem que seja só em mim..) .

Eu prometo não ter medo, se você também não tiver. E sigo o caminho que você decidir, é só me pedir.

Só não esquece uma coisa : tenho um pé na realidade e o outro no agora. Sei que prometi não ter medo, mas se você me fizer voar alto demais, guarda alguma coisa pra apaziguar a minha queda. Sou pessimista, lembra ?

Não quero garantias, porque eu também não tenho data ou prazo de validade pré-estabelecido.

Mas se você me levar, não aceito devolução.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Pula comigo?


Penso que o amor é o fim de tarde à dois, ou a noite em grupo.

Que amor nada mais é do que mãos entrelaçadas em um caminho sem fim ou corpos solitários em uma noite de saudades.

Paixão deve ser essa saudade que martela no meio do peito e o friozinho na barriga a cada novo encontro.

Amor é o amanhã e a paixão a incerteza do depois.

Amor é continuação, paixão é fragmentos.

Amor é eu te amo, paixão é eu te adoro.

Amor é eu te quero pra sempre e paixão eu te quero pra agora .

Amor tem garantia, paixão devolução.

Amor é fim de tarde olhando o mar, paixão é madrugada vendo a lua.

Amor é café na cama, paixão é drive do Mc.

Amor é conhecer a família, paixão é conhecer os amigos.

Amor é pra "sempre", paixão pra agora.

Amor é a calcinha confortável, paixão a lingerie ousada.

Amor é segurança, paixão é conquista.

Amor é restaurante, paixão é delivery.

Amor é realidade, paixão é fantasia.

Amor é festa de fim de ano, paixão é carnaval.

Amor pode ser neutro, paixão é vermelha.

Amor é Bill Gates, paixão é Steve Jobs.

Brincadeira à parte.. acho que o amor não pode existir sem a paixão e vice-versa.
Os dois podem estar presentes em momentos diferentes com a mesma pessoa.

E eu fico como? Amando ou apaixonada?

Pode ser que exista um novo sentimento no ar: "paixamor".

Acredito que quem ama é porque está ou já foi apaixonado. E onde tem paixão, tem sempre uma pontinha de amor.

Os dois sentimentos pegam na mão um do outro e vão mostrando pra gente (pra mim..) que a vida sempre pode acordar mais bonita.

Só pra terminar: pra mim amor é linha reta e paixão é precipício.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

velha infância..


Eu ainda gosto de Harry Potter e amo House of Night. Como biscoito, chocolate e batata frita. Mas o que tem demais? Tenho uma infância eterna que não sai de mim. Não sei quem foi que disse que é preciso crescer, tem traços meus que parecem não querer sair.

A única coisa que mudou foram as angustias que vieram, os amores que oscilam, o trabalho que surgiu. E a pressão de que é preciso dar certo na vida.

Queria saber quem inventou essas regras de que aos 25 você tem que casar, ou ter um relacionamento estável. Que 32 é a idade certa pra morar só. Com 36 você tem que ter uma estabilidade financeira e me parece que aos 40 é bom que você já tenha construído uma família.

Saudades do tempo em que a minha maior preocupação era a hora que começava os desenhos animados e que minha felicidade se resuma a um balde e uma tarde na praia. Quem poderia imaginar que hoje em dia “odiaria” praia?

Sinto falta de quando minha mãe de fazia tranças antes de ir pra escola, saudades do “areal” na hora do recreio, saudades de ser pequeninha e caber nos braços do meu pai e me sentir a pessoa mais protegida do mundo.

Saudades do namorado que tinha 5 anos e repetia pra todo a família que ia casar comigo e como ele me entregava o primeiro pedaço de bolo do Mickey.

O tempo passa tão rápido e eu nem pareço mais aquela menina do cabelo castanho e franjinha que passava o dia de calcinha. É uma saudade boa, não daquelas saudades que amargam o peito e dão vontade de fazer tudo diferente.

É saudade de um tempo que não volta mais, e também não tem porque voltar.

Meu único arrependimento (porque ele sempre existe) é de ter perdido um pouco aquele ar sonhador de quem vai dominar o mundo, e ter perdido a inocência que me fazia olhar tudo mais colorido.

Mas vez ou outra, ainda consigo sorrir como criança e me entregar a um abraço como se precisasse ser protegida e é nesses momentos que percebo que tem coisas na gente que nunca crescem ..

domingo, 24 de abril de 2011

Recomeço..


Acho que a gente reconhece quem veio pra ficar e quem vai partir.

O coração sempre sabe, por mais que a gente não queira acreditar. Eu, às vezes, ou na maioria dos momentos, finjo que não estou ouvindo o que ele me diz.

Sei que o sinal vermelho tá ligado, mas insisto em seguir no verde sem prestar atenção no amarelo.

Me arrependo, claro, mas sempre posso dizer depois: Eu já sábia..

As pessoas sempre surgem na nossa vida por um motivo, por mais que no momento ou logo depois você não consiga perceber ou não ache explicação. Pra que tanta felicidade ou tanto sofrimento?

Aprendi, ou acho que aprendi, a viver de momentos, se uma pessoa faz de alguns minutos ou dias a minha vida mais feliz, isso já é um sinal que valeu a pena.

Se depois a vida tomar um rumo diferente, o que importa é que naquela hora eu fiz e agi da maneira que achei certa.

Todo mundo cria expectativas, acredita em palavras e esquece que ainda tem muita gente que acha graça em brincar com sentimentos.
Nunca devo esquecer que se me entrego a uma situação, me entrego também à todas as conseqüências que vem com ela.

Não adianta colocar a culpa em ninguém, existem situações que não possuem culpa. Não existe vitima e culpado. Existem pessoas que não foram feitas pra estarem juntas.

Dói? Claro que dói.

Dá vontade de voltar atrás? Sempre.

O importante é não perder a fé, não deixar de amar, não pensar que tudo terminou ali e que outra pessoa não vai aparecer.

Pode ser que você erre de novo, que encontre outra pessoa que também não vale a pena, e daí? Se não for pra arriscar, nunca vai haver ganhos. A felicidade não cai do céu e nem permanece sem que você esteja disposto a aceita-la.

Sempre tem um outro dia, um outro sol, um outro amor, um outro emprego, uma outra chance. E o bonito é não deixar de acreditar..

terça-feira, 19 de abril de 2011

Amor bom, é amor não correspondido.



Deveria haver uma lei na vida, em que paixão só pudesse existir se fosse recíproca. Não entendo, porque nós, ou melhor eu, ainda insisto em pessoas, amores, que não correspondem.

Sei que gosto de sofrer, que adoro o dramatismo de um amor que não existe.

Que por mais que eu queira agarrar a realidade com unhas e dentes, ainda brinco de Alice.

Crio o meu país das maravilhas, crio os personagens, invento os meus lugares, faço as minhas fantasias.

Se é certo ou se é errado, eu nem sei mais. Acho que amor é bonito em qualquer maneira, mas nem por isso ele é bom.

Amor angustiado, sentimento preso na cabeça e nos lábios.

Ele é o único que realmente permanece, fica lá, preso, esperando a chance de poder mostrar porque nasceu, se essa hora nunca chegar, ele não desiste e permanece guardado.

Com o sentimento do que poderia ter sido e nunca foi.

Todo mundo tem uma paixão de infância que não cresceu, ou uma paixão de agora que não vai sair dos pensamentos.

Sabe? Não me culpo por esses tipos de sentimentos, claro, que poderia ser muita mais feliz se abdicasse de tudo que me faz mal, de qualquer pessoa que nunca vai estar a altura das minhas expectativas ou que não faz questão de tentar.

Mas se a graça da vida não for essa, eu nem sei por que vale a pena viver.

Não quero flores todos os dias, nem sol toda manhã. Se for pra acordar meio nublado e com o vaso cheio de rosas murchas, eu aceito.

Tô de férias nesse planeta e pronta pra sentir tudo que ele pode me proporcionar.

Parece loucura, não é? Mas só quem sente, sabe do que eu estou falando.

A graça da vida é dar tudo de si e receber o que puder. Depois o problema é teu e o coração também.

Eu sei que ninguém deve se contentar com pouco, mas às vezes o pouco é teu tudo....

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Me diz..


Procuro nos búzios, em cartas, centro espírita, igreja evangélica.

Eu quero é descobrir o que vai ser do amanhã.

Por favor, me traga um suco e duas doses de certezas.

Se você me deixar ser metade do que eu sou, te prometo mais de mim do que já fui.

Eu sei, vai ter perdas e vai ter ganhos. Ouvi dizer que a graça da tua existência é exatamente essa, não saber o que me espera daqui à 2 segundos.

Faço tudo do meu presente sempre pensando em ti, e quando esqueço que existe, as conseqüências chegam com toda velocidade que te é peculiar.

Não sei se te amo ou te odeio.

Ao mesmo tempo que anuncias a tua chegada, com promessas de mudanças e de um novo tempo, vem a tua amiga realidade e mostra que preciso colher o que deixei pra trás.

Eu não quero colher nada, não tive um manual de instrução.

É muito fácil me pedir pra fazer tudo do meu jeito e achar que vai dar certo.

Eu arrisquei, quebrei a cara, coloquei sentimentos em mãos que não mereciam, peguei sentimentos que eu não merecia.

Fingi amar enquanto o que eu sentia era carência.

Fiz com muita gente o que não queria que fizessem comigo.

Arrependimentos? Poucos, tudo parecia certo no momento. Foram aquelas atitudes que me fizeram chegar até você.

Se for pra seguir sozinha, eu sigo.

Se for pra amar de novo, eu amo.

Se for pra errar mais uma vez, eu erro duas.

Só me diz o que fazer e me traz coisas boas contigo.

FUTURO, te aceito bagunçado, com barba à fazer e essa cara de que acordou agora.

Só me mostra porque vale pena continuar...

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Em partes..


Gosto de preto, azul e dourado. Tenho medo de escuro e de rato.

Falo, mais do que deveria. Amo, menos do que posso. E choro, muito menos ainda.

Me arrependo de muitas coisas, a maioria das minhas atitudes são feitas de arrependimentos, palavras ditas em hora errada, olhares que nunca deveriam ser trocados, pouco limite..

Ainda acho que chocolate é a solução pra qualquer magoa existente. Sei que amar dói, mas sei que sem ele dói mais ainda.

Não fumo, mas bebo. Não sou contra drogas, sou contra vícios.

Paixão pra mim é tudo que me tira o sono. Amor é o que me faz sonhar.

Gosto de música sim, mas muito mais de livros..

A escrita é pra mim a melhor invenção do mundo, adoro quando vejo uma folha em branco e em alguns minutos consegui deixar nela, muito mais de mim do que eu mesma sei.

Nunca amei de verdade, mas amei de mentira, e achei que era pra sempre.

Mando mensagens no fim da noite e acordo arrependida.

Durmo vez ou outra com vontade.

Tenho depressão dia de domingo, e até às segundas.

Faço direito muito errado.

Francês, merci.

Sorrisos, só quando merecidos. Lágrimas, só quando inevitáveis.

Prefiro gordinhos.

Me odeio e me amo, com a mesma intensidade.

Me acho chata, muito chata.

Odeio provar roupa e tenho pavor de espelho.

Festas, gosto muito mais do que acho certo.

Presente? Resultado do meu passado, mas aceito maquiagem.

Futuro? Não sei o que ele vai fazer de mim..

Amigos, parte do todo.

Inimigos, só tenho um, ou melhor uma, eu mesma. Em todas as minhas variações de humor
e todas as indecisões.

Se eu não quero, é porque eu quero, entendeu?

Me pede pra ficar, e eu fujo.

Pega na minha mão que eu fico.

Suco de uva e doritos.

Bis de chocolate branco.

Não pegue na minha orelha direita.

Beijo não precisa ser demorado, tem que ser “sincronizado”.

Selinho é feito pra selar, não distribuir.

Saudades? Muita, de você, de um lugar, de mim que mudei tanto.

Quero muito pouco da vida, mas quero que ela leve tudo de mim.

Intensa? Finjo ser pra fugir da mesmice.

Não agrado todo mundo, nem a mim.

Isso diz muito? Não, diz pouco, muito pouco...

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Hoje eu durmo lá em cima..


Há milhares de anos, os casais vem se envolvendo, se apaixonando, acreditando que é pra vida inteira, até que um dos lados caí na tentação, a famosa traição.

Não é um problema atual, é um dos mais comuns, mas ainda sim, é o maior percentual de índice de fins de relacionamentos (falou a PhD em relações pessoais).

Todo mundo já foi traído ou pior, já traiu.

Nas próximas linhas só poderei falar por mim e por mais ninguém.

Não julgo quem trai, nem tenho moral pra isso, a minha única certeza em relação a esse tipo de comportamento é que a traição tem seu lado positivo, isso mesmo, positivo.

A partir do momento que você começar a sentir atração e que você perceber que isso pode passar de um simples desejo, agradeça, porque pra mim isso nada mais do que um sinal de que você não está feliz com o que tem.

Ninguém troca de carro, casa e tantas outras coisas, se o antigo tiver valendo a pena. Você não começa a desejar outras coisas, se o que você tem ou quem você tem te satisfaz.

Muitos podem repetir que é da natureza masculina ter varias parceiras, mas não aceito e não acredito nisso. Acho que quando o homem ou a mulher está se sentindo completo em um relacionamento, não há necessidade de procurar “fora”.

Muitos perdoam, eu mesma já fiz isso, mas só quero deixar uma coisa bem clara: Isso não vai adiantar.
O problema do seu relacionamento com certeza não foi só a traição, foi a paixão que amoleceu, o perfume que tu já enjoas, a distancia que incomoda, são tantas coisas, que a traição era só um desfecho imaginável.

Acho que se você não tiver certeza do que e quem você quer, o certo é pedir um tempo, para pra pensar, colocar na balança o que vale ou não a pena. Se descobrires que nasceu pra aventuras, que exclusividade não é a tua praia, não tem porque deixar a outra pessoa na “reserva”.

Sei que traição mistura lealdade com fidelidade, dois conceitos diferentes pra mim. Porque realmente acredito que a pessoa pode ter sido infiel e continuar leal, mas a pessoa pode não ser leal e ter sido infiel (??). Exemplificando: Você pode trair e não se envolver, ou você pode se envolver (paixão) e não trair.

Não sei se um é perdoável e o outro não, acredito que a infidelidade é pior, porque enfim, é um sinal de que a qualquer momento, a qualquer desejo, a pessoa vai te trair.

Enquanto, que a “inlealdade” (1 antónimo, por favor!) é sinal de que algo mais intenso aconteceu, e querendo ou não, qualquer um de nós está sujeito a descobrir que o “amor” não é aquele que está do seu lado.

Sei que muitos homens acreditam que a sua mulher deve ser uma santa, deve manté-la em um pedestal e por trás levam um outro relacionamento. Tenho um amigo (sei que você não vai ler isso), que levava dois relacionamentos, conseguia “gerenciar” as duas, obviamente que a “amante” sabia da “namorada”, mas a outra já não imaginava nada disso.

Quantas vezes ele não me repetiu que realmente amava a namorada, que não a trocaria por nada. A única dúvida que sempre tive, é como é possível amar alguém, sabendo que uma hora ou outra você poderá machucá-la?!

A tal namorada do meu amigo descobriu tudo e perdoou, se o namoro deles anda bem ou não, eu realmente não quero mais nem saber, a única certeza é que aquela não foi e nem será a última vez.

Para as minhas "amigas" que acreditam que a culpa é sempre da “biscate”, vou contar: A culpa é dele, ninguém vai insistir onde não tiver abertura.

Para as minhas "amigas" que não se importam em ser “biscate”: aqui se faz, aqui se paga. Não seja motivo de traição nenhuma, deixe que a outra pessoa decida em estar com você e só com você.

Aos meus "amigos" que acreditam que a sua mulher não trai: todo mundo está sujeito à isso, então, um pouco de atenção, respeito e carinho, vai te livrar de algumas “dores de cabeça”.

O meu ultimo e único pedido é: homens e mulheres, sejam corajosos o suficiente para assumir o que querem. Não é pecado se apaixonar ou se envolver, o pecado é estar com alguém e não respeitá-lo.

terça-feira, 22 de março de 2011

carta à ex-amores..


Boa noite ex-amores,

Não aconteceu nada, sei que estou sumida à algum tempo. Resolvi escrever pra agradecer, não sei se fico feliz por ver vocês assim, todos bem. Todo mundo tentando ser feliz, seguindo um caminho, mesmo que não seja comigo.

Com alguns de vocês realmente acreditei que poderia ter sido pra sempre, me apaixonei de diversas formas, por motivos diferentes.

Alguns por carência, outros por entrega ou necessidade. Acredito que uns dois foram só pela dor, pra eu não esquecer que se envolver vale a pena, mas deixa alguns arranhões.

E ainda teve os amores que vieram só para me fazer crescer, esses só tenho a agradecer. Tenho tentado ou pelo menos pretendo não repetir os mesmos erros que fiz com vocês.

Nada de sumiços sem motivos, ligações não atendidas, sem mentiras, sem cobranças.

Prometo fazer tudo diferente com quem vier pela frente. Muita coisa, vocês sabem, não poderei mudar. Continuo um pouco chata, estressada e impaciente.

Mas vocês me fizeram aprender que certas pessoas aparecem e permanecem o tempo que devem.

Não me arrependo de você que me fez perder o semestre na faculdade e largar o emprego, porque simplesmente, abdiquei do meu mundo pra viver o teu.

E me arrependo de ter me entregado pouco a quem merecia.

Desculpas não ter entendido a tua paixão por carros e não ter me adaptado aos teus filhos.

Já você, não peço desculpas por ter desistido de ti, porque enfim, tu não eras meu. Sempre soube que tu tinhas "dona". Me meti aonde nunca deveria ter estado e não foi entre os teu braços.

Faz algum tempo que sentia saudades de escrever uma carta, e como sei que perdi o contacto com a maioria de vocês, achei bom escrever pra dizer que continuo bem e tentando me encontrar, como alguns conseguiram.

Amores, fiquem bem, espero que tenha sido especial e que tenha ensinado algo de bom e necessário. Sinto falta de vocês em alguns momentos, como hoje. Não de todos juntos, mas de situações separadas.

Muito carinho.

Paoula

terça-feira, 15 de março de 2011

Eu Te Amo, não é um OI..


É um desabafo, sim, um desabafo pessoal.

Não confio em amores instantâneos, crio abuso de quem ama em 2 dias.
Não entendo essa mania de banalizar o amor ou carinho que a gente pode sentir pela outra pessoa, acho sinceramente que sentimentos se constroem, que afinidades são criadas, e que os laços vão se formando.

O gostar pode aparecer em uma semana? Ok, isso eu concordo.

Mas o AMOR?

Eu posso estar errada, posso ser uma grande careta e chata ou um coração de pedra ambulante. Mas tenho pavor a demonstrações públicas de afeto, sempre achei que estar apaixonada ou envolvida é algo que só interessa a duas pessoas, ou três, vai de você..

Conheço pessoas que tentam ser felizes a qualquer custo, que se envolvem em relacionamentos ainda tão frágeis, e não satisfeitas, fazem “outdoors” de tudo isso.
E sim, eu me sinto no direito de comentar, afinal, sou telespectadora dessa trama.

É muito fácil falar que não quer ninguém se metendo na sua vida, ou expondo suas situações. Mas quando você mesmo faz isso, o que os outros falam ou pensam é besteira.

Ainda admiro muito quem não tem problemas com isso, colocar a cara a tapa, é bonito, é corajoso, mas é ridículo.

Apelidos carinhosos são para serem usados esporadicamente, nós não crescemos e paramos de falar que nem criança atoa. Ninguém tem mais 3 anos para estar com voz de “nenhêm” o dia todo. Isso pra mim soa como falsidade, entendo que algumas pessoas tenham esse jeito “meloso” de ser, mas o tempo inteiro?

Tenho muita sorte dos meus amigos serem sensatos e os “casados” serem discretos.

Não me arrependo de nunca ter dito um Eu te Amo, sempre me deixei na reserva do Eu te adoro, e gosto muito de você. Não é que eu não tenha amado, ou não tenha me envolvido. Mas ainda acredito que Amor é algo pra ser guardado por mais tempo, tive pessoas maravilhosas, sofri tanto ou mais do que muita gente, mas nem por isso deixei estampado pra quem não interessava.

Os meus amigos de verdade, sabem do meu amor por eles, os que me conhecem bem, já não se incomodam dos meus dias grosseiros ou do fato de SEMPRE chegar em um lugar e não falar com ninguém, aceitam até a minha cara de paisagem constante. E sinceramente, tem amor mais bonito do que esse?

Comecei com um desabafo, mas termino com um apelo: Podem amar do jeito que acharem certo, mas esperem raízes.

Árvore nenhuma cresce sem suas raízes, sem um solo bem adubado, sem regar todos os dias, sem a luz do sol.
E isso é sinônimo de tempo. Seu relacionamento de 1 mês não é um dos mais fortes, e ele é tão intenso justamente pelo começo, pela maravilha de cada descoberta.

Guarda teu sentimento dentro de uma estufa, e tu vais ver como ele vai estar preparado pro mundo lá fora.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

masoquismo...


Sou leonina, e por tabela autoritária, deveria ser adepta ao sadismo, mas ao contrário disso assumo o meu masoquismo. Nada em nível sexual como esses dois termos já nos levam a imaginar. Mas sou masoquista sentimental, assumo que talvez eu sinta um pouco de prazer no sofrimento, no meu.

Sou do tipo que no fim do relacionamento, ler e reler os e-mails e mensagens, assisto os vídeos e vejo as fotos mil vezes, abro a página da rede social só pra ver se a pessoa está feliz e se a resposta for positiva, pronto, eu sofro.

Gosto daquela perda de apetite porque tô com o coração apertado, ou do fim de tarde que fica mais lento porque a cabeça não para de pensar.

Por mais que goste das coisas bem facéis, assumo que sempre acabo optando pelas mais difíceis, tenho essa mania absurda de querer me martirizar, não sou do tipo que se culpa o tempo inteiro. Na verdade não me sinto culpada por nada, mas não consigo parar de pensar em como as coisas podem ou poderiam ser diferentes.

Sou contraditória, e por não saber o que eu quero ou como agir, acabo assim, sofrendo.

O fato de ter nascido em leão me faz amar o dramatismo, adoro o glamour do fim de um ciclo, gosto da saudade e ela só me faz ter mais certeza que certas coisas valeram a pena.

Ainda me impressiono com a quantidade de defeitos que descubro em mim, e como uma mente pode ser tão complexa, fico feliz em pelo menos saber que não sou sado, daquelas que sentem prazer em ver o outro sofrer.

E quer saber? Pode me machucar, eu gosto.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Espelhos? Meu medo..


Sempre digo que cada doido com sua loucura, e não tenho problemas em assumir as minhas, por mais que elas me envergonhem vez ou outra. Eu não vou falar de nada que tenha feito e/ou me arrependido, só vou contar um problema que carrego há tempos: Espelhos.

Sim, eu odeio espelhos, tenho pavor absurdo, não entendo como a maioria das pessoas e das minhas amigas tem obsessão pelo seu próprio reflexo, aquela mania de arrumar o cabelo, mandar beijinho, piscar em frente a esse objeto horrível que é o espelho.

Já começo a chegar a conclusão que pode ser algum deficit de auto-estima, assumo que a minha não é das melhores, mas juro, me sinto muito bem comigo, com o meu corpo, com tudo. Nunca tive absolutamente vontade de mudar nada, até a barriga meio saliente ou os peitos muito grandes, enfim, tudo isso sou eu. Mas por favor, não me peçam pra ficar em frente à um espelho.

Vibro quando o elevador social está com problemas e posso pegar o de serviço que não tem espelhos. Entro em pânico no supermercado com aquela parede espelhada kilométrica, acho motel o que há de mais cafona no mundo, não entendo pra que transar e ficar olhando tudo pelo teto, com aquela luz amarela ofuscante.

Antes de sair de casa me arrumo em frente ao espelho, óbvio. Mas me vejo uma vez só, o corpo inteiro e pronto. Mais do que isso já é um martírio pra mim.

Admito também que o espelho é o objeto mais sincero que existe, afinal, nada além dele mostra o que realmente tu és. Aquela copia fiel de você mesmo. E por mais apreciadora que seja da sinceridade em modo geral, dispenso o espelho.

Ainda mais que durante muito tempo, esse objeto foi considerado pelos pastores como forma de aprisionar demónios, e representar o pecado. Como acredito em lendas, prefiro não duvidar.

E descobri com o tempo, que outras pessoas possuem esse mal, e que existe uma fobia pra isso. A Eisoptrofobia, o famoso medo do espelho.
Já não me sinto mais tão só....

Vou deixar aqui um link de um vídeo e aposto que no final todos os espelhos de suas casas estarão virados para a parede...
Mirror Scare - http://www.youtube.com/watch?v=3tjoqhx_dwk&feature=player_embedded