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sábado, 19 de novembro de 2011

A calmaria..



Eu sou daquelas que acordo com a cabeça e o coração a mil, tenho oscilações de humor tanto quanto constantes e mudo de opinião quase que sempre. Então, mesmo que o mundo lá fora esteja calmo, ondas leves e vento fraco, eu me encontro em pleno tsunami.

Não controlo meus pensamentos, eles sim, me controlam a todo instante.

Penso, invento, re-invento, re-penso e não concluo.

Não concluo porque mudo de opinião de novo e de novo, não que isso signifique que sou uma pessoa flexível e volúvel, longe disso. Tenho pensamentos que seguem uma mesma linha de raciocínio, mas que não se decidem, simplesmente porque não querem.

Pareço uma libriana, cheia de indecisões, cadê a segurança da leoa que deveria existir em mim?

Acredito em signos sim, acredito em tudo: macumba, olho-gordo, reza forte e banho de sal grosso. Se me disserem que é a solução para os meus problemas, eu encaro.

Mas a minha mente inquieta, minhas dúvidas que nem eu reconheço, meus medos que se re-inventam todos os dias ou qualquer outro karma que eu tenha adquirido, esses só se resolvem com aquela calmaria que vem de dentro.

Aqueles segundos de paz que surgem meio sem explicação quando toca sua música no rádio ou que você lê uma frase que gosta.

A minha calmaria se tornou esses fragmentos de momentos especiais: a cor dos olhos de alguém especial, o cheiro do meu travesseiro, o olhar penetrante da minha gata, o escuro do meu quarto, e o sol que entra logo pela manhã, as duas telas do computador no trabalho, o cansaço no fim do dia e a certeza de que é preciso continuar.

E no fim desses momentos eu respiro e tento entender o porquê de ter que estar aqui, e aí eu penso e começa tudo de novo... Mas que mal tem? Dizem que a história é cíclica, porque eu não seria?

Texto pra ler ouvindo : Phonique feat. Rebecca - Feel What You Want http://www.youtube.com/watch?v=WFGzorys7ao

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