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segunda-feira, 28 de abril de 2014

É nos extremos que me encontro.
Nas noites que terminam em dia, em gente sem preconceito ou conceito. Que fala que não gosta na cara e não guarda opinião pra agradar.
Gente sem drama, gente comédia. Gente que ri de si mesmo, que acorda dizendo que nunca mais vai beber e repete tudo na próxima festa.
Gente que não fura compromisso... nem olho.
Que se acaba no doce e na academia.
Que largam o celular pra conversar com você, e te olha nos olhos de um jeito que só quem é viciado em rede social entende o significado.
Encara desafios novos no trabalho, no amor e na vida e sabe a hora de deixar as coisas irem para as novas chegarem. Porque é preciso se livrar do velho pra dar lugar ao novo.
Sem medo, sem pressa, colorindo o dia com sorrisos fáceis e "bom dia" para desconhecidos.
Me encontro na extremidade de pessoas assim. Se são as que valem a pena? Eu não sei.. mas são as que me agradam. E são por elas que luto.

segunda-feira, 14 de abril de 2014

o mundo

Todos amam se perder, amam amores que levam à loucura e incertezas que impulsionam. Mas se soubessem que o melhor da vida é se encontrar e descobrir pra aonde quer ir, e qual caminho seguir. Ah.. largariam tudo por esse sentimento.
Poder olhar pra trás e saber que cada coisa está no lugar que deveria, e olhar pra frente, e vislumbrar que o que vêm é ainda melhor. Não tem preço.
Quantas vezes não preferi a dúvida de saber que poderia ter o que quisesse, do que a certeza do que realmente queria.
Porque saber que o mundo pode ser nosso, faz a gente se sentir poderoso. Ingênuos, é o que somos, o poder está  na certeza e não na duvida.
Você gosta de ter opções? Eu prefiro escolhas.
Não quero o mundo, mas quero o meu mundo, da forma como decidi cria-lo, com as pessoas que decidi manter, com amores que me levam ao meu melhor e com certezas que me mostrem o caminho.
Porque olhar pra si mesma e gostar do que vê, é melhor que olhar pro mundo e pensar para onde ir. 

segunda-feira, 24 de março de 2014

Vai me ver com outros olhos

Fui durante muito tempo Fernando Pessoa, depois me entreguei ao Caio Fernando e Clarice como ninguém, deixei a modinha de Martha Medeiros me roubar, mas hoje sou Paulo Lemisnki, sem traições.
"Toda Poesia" é um dos meus livros de cabeceira.
Me deparei com essa frase outro dia (também sou fã de frasistas, @festellita S2)
E sei que eu tenho, você tem, todos temos essa mania de julgamentos e de achismos e mais ainda de pensar que conhecemos alguém pelo que vemos, pelo que a pessoa deixa transparecer.
Com certeza sou um pouco de tudo que posto no instagram, de todas as musicas que escuto, dos cursos que já fiz, dos lugares onde trabalhei, das cidades em que passei e principalmente das pessoas que passaram e ficaram por mim, e mais ainda das que se foram.
Sou essa menina que gosta de preto e musica eletrônica, que larga tudo por um tempo com os amigos.
Mas sou mais ainda aquela que chega cansada de manhã do fim de uma festa com os sapatos na mão e implora por silêncio.
Tenho anseia por novas descobertas e pessoas, sede de novo. Mas aceito a comodidade, porque segurança é bom pra pensar e acalmar a alma.
Sou dessas que quer viver entre o tradicional e a modernidade, e se joga em um emaranhando de ideias, sem conseguir concluir.
Você sabe, falo demais e mais do que devo, mas talvez você não soubesse que escrevo e que aqui, com as letras, sou mais eu do que quando você me vê conversando.
E eu sei que não te conheço, e te julgo.
No nosso reality somos todos diretores e cheios de opinião, e hoje, te peço desculpas, por te ver com os olhos e principalmente com a língua dos outros.
Agora você sabe que também sei pedir desculpas quando devo.
Mas o que eu quero saber, é  e você?  Vai começar a ver com outros olhos ou continuar com os olhos dos outros?

sexta-feira, 14 de março de 2014

felinos.

Por desejo dos astros nasci sobre o signo de leão, e por desejo meu, sou apaixonada por felinos. Não tenho vergonha de dizer que acredito em signos e que claro fui influenciada por ele.

Hoje em dia percebo como meu amor por felinos influenciou e despertou muita coisa na minha personalidade e na minha forma de encarar a vida, não acho que isso seja uma característica linda ou honrosa de uma pessoa. Mas tudo que vivemos, gostamos, admiramos são na verdade a soma do que nos tornamos, são um pouco da gente.

Gosto de ficar sozinha, amo o silêncio para escrever e tenho esse egoísmo (estou trabalhando nisso) de só aparecer quando me convém, mas sou leal e boa amiga, sempre fui.
Não gosto quando dizem que felinos, principalmente gatos, são traíras, eles são "primos" do Leão, o animal mais fiel que existe. Deixo a infidelidade e traição para os librianos, regidos pela balança e indecisão (Foi pra você, querida).

Tenho problemas com perdão, não sou boa inimiga, fico remoendo varias vezes algo que me incomoda, e raramente alguém que me machuca volta a ter minha confiança. Assim como os felinos, escolho quem se aproxima de mim, mas principalmente quem fica.

É normal que sejam tão odiados por algumas pessoas, passam uma ideia de arrogância, prepotência, mas fazer o quê? Eles podem.
Nesse quesito eu não posso.
Mas acho lindo a autoafirmação que demonstram, por mais que talvez o interior seja frágil e indeciso. 

Muitos não conseguem enxergar a magnitude do felino, o olhar penetrante, e nem conseguem perceber o quão maravilhoso é ver um ser que nasceu pra ser tão feroz se transformar na coisa mais meiga do mundo.
Como diz Colette : "Devo aos gatos o poder da honrosa dissimulação, um grande autocontrole, e a instintiva aversão por ruídos e a necessidade de me calar durante largos períodos"

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

faz parte do meu show..

Charles Chaplin tinha toda razão quando eternizou a vida como uma peça de teatro. É isso mesmo que ela é, com esses personagens novos a cada instante, essas entradas e saídas de cenas. E a cortina preta no fim.
Tanta gente já entrou no teu espetáculo, não é? Tanta gente que você achou que tinha vindo para ficar, mas que o diretor precisou criar uma morte súbita para explicar o fim dessa "saída de cena".
Eu sei como é, eu também achei que varias pessoas seriam eternas, mas as minhas atitudes, as delas, enfim, o dia-a-dia faz com que nossas escolhas sejam muito diferentes, e que nos afastemos...assim, como se fosse normal, conquistar e perder as amizades, os amores, os quereres.
Eu não sei lidar com essas coisas, tenho problemas com perdas, eu sinto falta, eu imagino um novo roteiro para peça e faço do "E se.." uma constante.
Coração burro, não é? Todos sofremos desse mal com pessoas que valem a pena, outras nem tanto.
Por isso acordei com essa vontade de escrever um novo roteiro, e fazer da minha peça algo mais continuo e verdadeiro, eu escolhi abdicar de algumas coisas e de me separar de algumas pessoas, para que no fim, quando a cortina tiver que fechar o meu show, eu não tenho que pensar "E se..", mas que eu possa dizer: "Foi...Foi lindo e verdadeiro".

domingo, 23 de fevereiro de 2014

velha infância..



Repostando o texto do dia: 27.04.11, porque ele continua fazendo o mesmo sentindo.

Eu ainda gosto de Harry Potter e amo House of Night. Como biscoito, chocolate e batata frita. Mas o que tem demais? Tenho uma infância eterna que não sai de mim. Não sei quem foi que disse que é preciso crescer, tem traços meus que parecem não querer sair.

A única coisa que mudou foram as angustias que vieram, os amores que oscilam, o trabalho que surgiu. E a pressão de que é preciso dar certo na vida.

Queria saber quem inventou essas regras de que aos 25 você tem que casar, ou ter um relacionamento estável. Que 32 é a idade certa pra morar só. Com 36 você tem que ter uma estabilidade financeira e me parece que aos 40 é bom que você já tenha construído uma família.

Saudades do tempo em que a minha maior preocupação era a hora que começava os desenhos animados e que minha felicidade se resuma a um balde e uma tarde na praia. Quem poderia imaginar que hoje em dia “odiaria” praia?

Sinto falta de quando minha mãe de fazia tranças antes de ir pra escola, saudades do “areal” na hora do recreio, saudades de ser pequeninha e caber nos braços do meu pai e me sentir a pessoa mais protegida do mundo.

Saudades do namorado que tinha 5 anos e repetia pra todo a família que ia casar comigo e como ele me entregava o primeiro pedaço de bolo do Mickey.

O tempo passa tão rápido e eu nem pareço mais aquela menina do cabelo castanho e franjinha que passava o dia de calcinha. É uma saudade boa, não daquelas saudades que amargam o peito e dão vontade de fazer tudo diferente.

É saudade de um tempo que não volta mais, e também não tem porque voltar.

Meu único arrependimento (porque ele sempre existe) é de ter perdido um pouco aquele ar sonhador de quem vai dominar o mundo, e ter perdido a inocência que me fazia olhar tudo mais colorido.

Mas vez ou outra, ainda consigo sorrir como criança e me entregar a um abraço como se precisasse ser protegida e é nesses momentos que percebo que tem coisas na gente que nunca crescem ..