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domingo, 21 de novembro de 2010

Eu não me importo..


Não me importo mais com o que tem feito da tua vida e nem das tuas noites. Não ligo em saber com quem tu andas ou com quem deixou de andar. Eu não me importo.

Não ligo para essa ausência que insiste em ficar, nem quero saber quando ela vai passar. Eu não me importo.

Já não faz mais diferença o celular tocar, a caixa de mensagens cheia, não tem jeito. Eu não me importo.

Se você é de Libra e eu sou de Câncer, quer saber? Eu não me importo.

E não, dessa vez eu não tô fugindo e nem vou sumir, eu só estou fazendo o que deveria ter feito desde o começo: Não me importar. E por mais que isso doa mais em mim do que em você, eu não me importo. E pra falar a verdade, eu não me importo com nada.

Não quero saber se o flamengo ganhou algum jogo no final de semana. Não ligo da insónia que me persegue, cansei de você, de mim, de todo mundo. Cansei mais ainda da mesmice, desse contentamento com tão pouco. Cansei dessa vida que acordou meio sem graça, cansei até da lua que eu amo tanto. Eu cansei, acordei entediada, pensei, pensei e pensei mais um pouco, e só achei uma saída: não ligar.

Cortar os laços, desfazer os elos, deixar cada um fazer o que quiser. Afinal, os dias são teus e a vida também.

Não sei se me sinto mais leve, mais vazia ou mais inconstante. Só sei te dizer que o o alívio de deixar a mente como uma página branca é inexplicável.
Talvez isso dure dois minutos ou duas horas, ou quem sabe, em alguns segundos minha cabeça já esteja habitada pelos pensamentos mais absurdos. Tem coisas que acontece em mim e que nem eu sei explicar. Pode ser algum tipo de loucura camuflada, ou só uma fase na vida em que você já não sabe o que vale a pena possuir.

O que eu quero te dizer é que acordei assim, sem me importar.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Carta Pessoal



DESTINATÁRIO: Eu(4 anos atrás)
REMETENTE: Eu (hoje)



Oi,

Saudades de escrever uma carta, como aquelas que a gente trocava tanto tempo atrás. Vontade de te dizer que tudo está no lugar certo, te agradecer por me ajudar a crescer e até te dizer que nunca mais repeti pra ninguém todas aquelas palavras que eu te disse.

A vida tomou um rumo diferente dos nossos planos, a gente sonhou tanto, tantos meses idealizando um encontro que nunca aconteceu. Lendo e re-lendo os e-mails que achei jogados naquela caixa de entrada que eu não mexia há tanto tempo. Talvez você nem saiba o quanto a vida me trouxe e o quanto ela me tirou em 4 anos.

Tive decepções e conquistas, continuo tão fria como era, tenho cada dia mais certeza que certas coisas nas nossas personalidades não mudam e que certas pessoas não mudam pra gente.
Sei que tu estás ainda cheia de dúvidas sobre como continuar, sei que ainda não aprendeu a te calar quando deverias, sei que tem medo e sei que o desconhecido ainda te atrai.

Queria assumir que cansei um pouco de esperar, perdi um pouco aquela auto-confiança dos velhos tempos, aquela falta de medo e a certeza que o mundo só estava me esperando. Descobri ainda que certas coisas não tem tempo pra acontecer, e tu nem sabes, tenho aprendido que tudo, realmente tudo, traz uma lição.

Lembra das minhas dúvidas sobre Deus? Sobre o mundo? Sobre a doutrina? Até sobre isso tenho recebido respostas, eu que vivia duvidando que o tempo iria responder os meus questionamentos.

Cometi alguns erros que me envergonham um pouco, 2008 foi um ano difícil pra mim, achei que nada poderia ser pior que aquele 2006, mas fui pega de surpresa. Eu superei, ou pelo menos acho que sim.

Gostaria de poder te falar um pouco mais sobre o futuro, sobre os meus planos, sobre o que quero. Mas ainda continuo com aquele velho problema, lembra? Vivo sem saber que caminho seguir e de uns tempos pra cá, a pressão de ter que dar certo em tudo caiu em cima de mim.

Tu acreditas que tenho que decidir do dia pra noite, o que eu quero ser pro resto da vida? Logo eu, que queria ser pianista, escritora, diplomata , procuradora do BACEN e ter uma família se desse tempo? Dizem que chegou aquela hora, a maldita, de tomar um rumo, parece que eu cresci e nem percebi.

Outra coisa, me afastei de algumas amigas que tu gostava tanto, e sim, eu também sinto falta delas. Mas aprendi uma outra coisa, as pessoas pegam rumos diferentes dos nossos, mas nem por isso os momentos bons se apagam. Tenho a Renata, que claro, deve ser uma bênção de Deus em me aguentar todos esses anos, a Guta mudou daqui e vai levando a vida, os meninos da escola não são mais tão meninos, tu ficarias feliz de ver como eles estão "grandinhos".

Conheci umas pessoas novas e ganhei alguns desafetos, acho que tenho me tornado um pouco insuportável com o tempo. Ou é essa cidade que fica mais louca. Tenho vontade de pedir desculpas por algumas coisas, mas os dias vão se encarregar disso.

Lembra quando passei no vestibular e achei que o mundo tinha realmente começado pra mim? Acho que me arrependo um pouco de não ter esperado, é muito difícil ter certeza aos 16 anos do que se quer da vida.
Eu acho que precisava saber primeiro o que a vida queria de mim.

São 03:40 da manhã e continuo com aquele problema de insónia, tu acreditas que ainda não descobri um remédio pra isso? Espero que tu recebas essa carta a tempo de mudar algumas coisas, ou melhor, deixa tudo do jeito como está. Depois tudo faz sentindo...

Te cuida.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

CADÊ ?!


Gostaria muito de escrever sobre mais um dos meus defeitos, o sumiço. Tenho mania de sumir assim, das pessoas, do mundo, de relacionamentos, da rotina, da realidade. É a saída mais covarde que alguém pode ter, mas é a que eu mais uso.

Se as coisas não estão dando certo, eu simplesmente pulo fora. Venho tentando melhorar isso, ser mais focada, mas é absurdo como tem sido difícil. Quando eu realmente quero alguma coisa, eu não o largo osso.
Mas quando chega as menos importantes eu simplesmente deixo pra lá.

Tenho pavor a conversas longas, odeio DRs de qualquer tipo, seja pra discutir com uma amiga ou com um amor, eu simplesmente acredito que quem te conhece não precisa das tuas explicações, porque sabe como tu és. Mas se chega a hora de uma LONGA conversa, sabe o que eu faço? Fujo.

Eu não fujo de me explicar, eu fujo de ficar horas falando sobre uma coisa que não precisa, porque tem gente que adora ir e voltar ao mesmo ponto, pra mim tudo tem que ser muito objetivo.

Comecei uma "paquera" - termo que eu adoro , e por mil e um motivos não quero mais, sabe o que eu faço? Sumo. Tô numa balada, e começo a achar tudo entediante, advinha? Vou embora.

Acho um ponto muito positivo ser consciente dos meus susmissos, e saber o porquê de todos eles.

Tinha um "amigo" que sempre reclamava muito dos meus desaparecimentos, porque deve ser a pior coisa do mundo, você sair com uma pessoa hoje e no outro dia ela simplesmente não estar mais disponível no mapa. E a gente achou uma maneira de se ententer, eu avisava quando ia sumir. Mandava um sms: Tô sumindo, mas volto. E deu certo..
Por motivos alheios aos meus sumiços não estamos mais juntos, mas fui sincera o tempo inteiro.

E minha grande aliada nos sumiços é a sinceridade, tenho esse dom de não conseguir controlar a minha boca e falo tudo o que eu tenho vontade, e até o que eu não tenho. É muito fácil conviver comigo, eu raramente minto sobre alguma coisa, e se você me fizer um questionário eu responderei a tudo do melhor jeito possível. Então, se eu sumir e alguém me perguntar o que aconteceu, não terei problema em explicar. Agora é preciso saber respeitar os meus momentos, eu preciso muito de momentos meus, assim, eu comigo mesma.

Estou em um momento que preciso ficar bem com uma só pessoa, a Paoula (eu). Entramos em conflito há alguns meses e advinha? Fugi de mim mesma, enrolei, fui vivendo a vida e fui me esquecendo. Até que acordei e decidi que preciso me forcar em mim, o que significa que vou sumir de algumas pessoas e lugares por algum tempo, que pode ser 48 horas ou 2 meses.

Sou adepta ao clichê que se você não estiver bem com você, se você não se entender, se não der pra responder a metade de todos os questionamentos pessoais, não tem como você se relacionar com qualquer pessoa. Então, tô sumindo, mas volto...