Pages

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

faz parte do meu show..

Charles Chaplin tinha toda razão quando eternizou a vida como uma peça de teatro. É isso mesmo que ela é, com esses personagens novos a cada instante, essas entradas e saídas de cenas. E a cortina preta no fim.
Tanta gente já entrou no teu espetáculo, não é? Tanta gente que você achou que tinha vindo para ficar, mas que o diretor precisou criar uma morte súbita para explicar o fim dessa "saída de cena".
Eu sei como é, eu também achei que varias pessoas seriam eternas, mas as minhas atitudes, as delas, enfim, o dia-a-dia faz com que nossas escolhas sejam muito diferentes, e que nos afastemos...assim, como se fosse normal, conquistar e perder as amizades, os amores, os quereres.
Eu não sei lidar com essas coisas, tenho problemas com perdas, eu sinto falta, eu imagino um novo roteiro para peça e faço do "E se.." uma constante.
Coração burro, não é? Todos sofremos desse mal com pessoas que valem a pena, outras nem tanto.
Por isso acordei com essa vontade de escrever um novo roteiro, e fazer da minha peça algo mais continuo e verdadeiro, eu escolhi abdicar de algumas coisas e de me separar de algumas pessoas, para que no fim, quando a cortina tiver que fechar o meu show, eu não tenho que pensar "E se..", mas que eu possa dizer: "Foi...Foi lindo e verdadeiro".

domingo, 23 de fevereiro de 2014

velha infância..



Repostando o texto do dia: 27.04.11, porque ele continua fazendo o mesmo sentindo.

Eu ainda gosto de Harry Potter e amo House of Night. Como biscoito, chocolate e batata frita. Mas o que tem demais? Tenho uma infância eterna que não sai de mim. Não sei quem foi que disse que é preciso crescer, tem traços meus que parecem não querer sair.

A única coisa que mudou foram as angustias que vieram, os amores que oscilam, o trabalho que surgiu. E a pressão de que é preciso dar certo na vida.

Queria saber quem inventou essas regras de que aos 25 você tem que casar, ou ter um relacionamento estável. Que 32 é a idade certa pra morar só. Com 36 você tem que ter uma estabilidade financeira e me parece que aos 40 é bom que você já tenha construído uma família.

Saudades do tempo em que a minha maior preocupação era a hora que começava os desenhos animados e que minha felicidade se resuma a um balde e uma tarde na praia. Quem poderia imaginar que hoje em dia “odiaria” praia?

Sinto falta de quando minha mãe de fazia tranças antes de ir pra escola, saudades do “areal” na hora do recreio, saudades de ser pequeninha e caber nos braços do meu pai e me sentir a pessoa mais protegida do mundo.

Saudades do namorado que tinha 5 anos e repetia pra todo a família que ia casar comigo e como ele me entregava o primeiro pedaço de bolo do Mickey.

O tempo passa tão rápido e eu nem pareço mais aquela menina do cabelo castanho e franjinha que passava o dia de calcinha. É uma saudade boa, não daquelas saudades que amargam o peito e dão vontade de fazer tudo diferente.

É saudade de um tempo que não volta mais, e também não tem porque voltar.

Meu único arrependimento (porque ele sempre existe) é de ter perdido um pouco aquele ar sonhador de quem vai dominar o mundo, e ter perdido a inocência que me fazia olhar tudo mais colorido.

Mas vez ou outra, ainda consigo sorrir como criança e me entregar a um abraço como se precisasse ser protegida e é nesses momentos que percebo que tem coisas na gente que nunca crescem ..