É difícil quando a mente quer se desligar, mas o coração
insiste em manter o pensamento em algo que já se foi.
Os dias passam mais devagar, as horas caminham sem graça e
desacompanhadas.
Tem sempre uma palavra que martela sem cessar: fim. Finalmente o fim.
Aquela palavra que você passou meses tentando escapar, que você
se esforçou para não ouvir, tantas coisas que você não gostaria ouvir.
O que sobra no fim é um silencio, como se a vida parasse em
um sopro, como se os pássaros se calassem, como se o único barulho fosse os
batimentos do coração e a tua respiração cansada.
Mesmo que você esteja em pedaços, o mundo não para de girar
para que você tenha tempo de se recuperar, ele é cruel mesmo. E muito mais para
mim, que sou do tipo de pessoa que gosta de sentir a dor, a perda, sou dramática
e masoquista por natureza, mas a vida passa tão rápido, que hoje em dia não
existe mais o tempo para sofrer.
E de alguma forma meio que magica, as horas passam, e os dias que viraram
noite, voltam a ser dia. E um sol ainda que tímido surge lá fora, e você
percebe que o mundo não parou, ou melhor, que ele não para. Ele nunca para.
As lagrimas precisam ser engolidas mais que rapidamente, e é
hora de deixar um lugar para o sorriso, ainda que tímido, ainda que medroso,
ainda que ele não consiga se manter firme, e é preciso continuar.
Porque o seguir em frente é que faz as coisas tomarem o
lugar em que sempre deveriam ter estado.
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