Pages

domingo, 18 de julho de 2010

mudanças


Dizem que a mudança é a lei da vida, que tudo muda toda hora, que se ficarmos sempre presos aos velhos conceitos e situações as coisas não florescem, não evoluem.

Eu tenho medo de mudanças, tenho sim. Tenho dificuldades em acompanhar a rapidez com que as pessoas se transformam, a rapidez com que as emoções acabam desaparecendo, a rapidez do dia em virar noite e vice-versa. Assumo que às vezes me pego perdida em tanto caos pessoal ou externo, quando não consigo entender o que se passa na cabeça alheia e nem na minha.

Eu tento mudar, mas sempre acabo voltando às mesmas decisões ou acabo mantendo uma opinião, vai ver não tive muita sorte quando fui contra minha própria consciência.
Entendo que existem situações que pedem a mudança, seja porque o sofrimento é inevitável, ou porque simplesmente chegou a hora de encarar que é preciso deixar de lado uma situação, uma pessoa, um emprego, uma faculdade. Há mudanças necessárias, isso é inevitável.

Acho que cheguei em uma fase que preciso encarar mudanças, chegou a hora de tomar decisões diferentes, de escolher o que realmente vale a pena, em quais situações eu quero estar envolvida, quais as pessoas que merecem estar ao meu lado, quais os amigos que estão ou não me fazendo bem, quem eu devo ou não deixar se aproximar, quem merece o voto de confiança, pra quem eu devo pedir perdão e quem eu devo perdoar. Se o emprego continua valendo a pena, se meu curso é realmente Direito ou se eu não deveria fazer letras. (?)

Se você parar pra pensar dá pra mudar tanta coisa, dá pra fazer diferente, sei que falta coragem ou vontade, ou as duas coisas. Mas não custa tentar..

Hoje só quero deitar a cabeça nesse travesseiro e saber que as mudanças passadas foram boas, e que as que estão vindo serão ainda melhores, porque se o ciclo natural é realmente esse, tem que existir um sentindo pra tanta transformação, por mais que as rédeas da vida não sejam minhas e sim de uma força maior, ainda posso torcer para que o caminho que elas seguindo seja o melhor.

Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.
Fernando Pessoa

0 comentários: