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terça-feira, 16 de outubro de 2012

pensamentos soltos




É difícil quando a mente quer se desligar, mas o coração insiste em manter o pensamento em algo que já se foi.

Os dias passam mais devagar, as horas caminham sem graça e desacompanhadas. 

Tem sempre uma palavra que martela sem cessar:  fim. Finalmente o fim. 

Aquela palavra que você passou meses tentando escapar, que você se esforçou para não ouvir, tantas coisas que você não gostaria ouvir. 

O que sobra no fim é um silencio, como se a vida parasse em um sopro, como se os pássaros se calassem, como se o único barulho fosse os batimentos do coração e a tua respiração cansada.

Mesmo que você esteja em pedaços, o mundo não para de girar para que você tenha tempo de se recuperar, ele é cruel mesmo. E muito mais para mim, que sou do tipo de pessoa que gosta de sentir a dor, a perda, sou dramática e masoquista por natureza, mas a vida passa tão rápido, que hoje em dia não existe mais o tempo para sofrer.  

E de alguma forma meio que magica, as horas passam, e os dias que viraram noite, voltam a ser dia. E um sol ainda que tímido surge lá fora, e você percebe que o mundo não parou, ou melhor, que ele não para. Ele nunca para.
As lagrimas precisam ser engolidas mais que rapidamente, e é hora de deixar um lugar para o sorriso, ainda que tímido, ainda que medroso, ainda que ele não consiga se manter firme, e é preciso continuar. 

Porque o seguir em frente é que faz as coisas tomarem o lugar em que sempre deveriam ter estado.