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segunda-feira, 24 de março de 2014

Vai me ver com outros olhos

Fui durante muito tempo Fernando Pessoa, depois me entreguei ao Caio Fernando e Clarice como ninguém, deixei a modinha de Martha Medeiros me roubar, mas hoje sou Paulo Lemisnki, sem traições.
"Toda Poesia" é um dos meus livros de cabeceira.
Me deparei com essa frase outro dia (também sou fã de frasistas, @festellita S2)
E sei que eu tenho, você tem, todos temos essa mania de julgamentos e de achismos e mais ainda de pensar que conhecemos alguém pelo que vemos, pelo que a pessoa deixa transparecer.
Com certeza sou um pouco de tudo que posto no instagram, de todas as musicas que escuto, dos cursos que já fiz, dos lugares onde trabalhei, das cidades em que passei e principalmente das pessoas que passaram e ficaram por mim, e mais ainda das que se foram.
Sou essa menina que gosta de preto e musica eletrônica, que larga tudo por um tempo com os amigos.
Mas sou mais ainda aquela que chega cansada de manhã do fim de uma festa com os sapatos na mão e implora por silêncio.
Tenho anseia por novas descobertas e pessoas, sede de novo. Mas aceito a comodidade, porque segurança é bom pra pensar e acalmar a alma.
Sou dessas que quer viver entre o tradicional e a modernidade, e se joga em um emaranhando de ideias, sem conseguir concluir.
Você sabe, falo demais e mais do que devo, mas talvez você não soubesse que escrevo e que aqui, com as letras, sou mais eu do que quando você me vê conversando.
E eu sei que não te conheço, e te julgo.
No nosso reality somos todos diretores e cheios de opinião, e hoje, te peço desculpas, por te ver com os olhos e principalmente com a língua dos outros.
Agora você sabe que também sei pedir desculpas quando devo.
Mas o que eu quero saber, é  e você?  Vai começar a ver com outros olhos ou continuar com os olhos dos outros?

sexta-feira, 14 de março de 2014

felinos.

Por desejo dos astros nasci sobre o signo de leão, e por desejo meu, sou apaixonada por felinos. Não tenho vergonha de dizer que acredito em signos e que claro fui influenciada por ele.

Hoje em dia percebo como meu amor por felinos influenciou e despertou muita coisa na minha personalidade e na minha forma de encarar a vida, não acho que isso seja uma característica linda ou honrosa de uma pessoa. Mas tudo que vivemos, gostamos, admiramos são na verdade a soma do que nos tornamos, são um pouco da gente.

Gosto de ficar sozinha, amo o silêncio para escrever e tenho esse egoísmo (estou trabalhando nisso) de só aparecer quando me convém, mas sou leal e boa amiga, sempre fui.
Não gosto quando dizem que felinos, principalmente gatos, são traíras, eles são "primos" do Leão, o animal mais fiel que existe. Deixo a infidelidade e traição para os librianos, regidos pela balança e indecisão (Foi pra você, querida).

Tenho problemas com perdão, não sou boa inimiga, fico remoendo varias vezes algo que me incomoda, e raramente alguém que me machuca volta a ter minha confiança. Assim como os felinos, escolho quem se aproxima de mim, mas principalmente quem fica.

É normal que sejam tão odiados por algumas pessoas, passam uma ideia de arrogância, prepotência, mas fazer o quê? Eles podem.
Nesse quesito eu não posso.
Mas acho lindo a autoafirmação que demonstram, por mais que talvez o interior seja frágil e indeciso. 

Muitos não conseguem enxergar a magnitude do felino, o olhar penetrante, e nem conseguem perceber o quão maravilhoso é ver um ser que nasceu pra ser tão feroz se transformar na coisa mais meiga do mundo.
Como diz Colette : "Devo aos gatos o poder da honrosa dissimulação, um grande autocontrole, e a instintiva aversão por ruídos e a necessidade de me calar durante largos períodos"