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segunda-feira, 18 de outubro de 2010

só mais uma vez..


Na minha opinião sempre tem alguém que sofre mais no fim de um relacionamento. O relacionamento raramente termina em consenso, porque as duas partes acreditam que chegou a hora de viver algo novo.

Alguém simplesmente não quer mais, descobre que a rotina já não adianta, que comer pizza e ver filmes aos domingos é monótono, que o sexo já não tem mais tanta graça como nos meses passados. Que você talvez, tenha perdido até aquele charme que fez ele se interessar. Agora, até o seu gato incomoda, sua mãe então, não preciso nem comentar.

Mas ainda existe uma coisa pior, pode aparecer uma 3ª pessoa, porque não existe nada mais doído do que terminar porque alguém caiu de para-quedas na tua história de amor, ou no que pelo menos você achava que era uma. Aí o relacionamento não termina "porque não dava mais certo", e sim porque alguém fez isso acontecer.

E chega a hora de decidir, vamos deixar tudo pra lá e tentar mais uma vez?

E eu vou ser sincera, acredito em amores que precisam ser tomados até o ultimo gole, sem deixar mais nada no copo pra se arrepender depois.
Amores que precisam ser vividos do começo ao fim, sem "se" e "talvez", acredito em amores que precisam de uma segunda chance pra saber que nunca deveriam ter existido.

Afinal, é recomeçar de novo, sem precisar descobrir qual o prato preferido, que horas sai do trabalho, não precisas te preocupar se o signo combina, nem em como a mãe dele vai reagir quando te conhecer. Você já sabe o seu papel.

São promessas de traições que não irão se repetir, de grosseiras que não estarão mais presentes, você promete diminuir o ciúme doentio. Ele compra até uma caixinha de areia pro gato que ele tanto odiava.

Você realmente está apostando em alguém que conhece, são menos riscos.

Mas é bom lembrar que existe de quebra a falta da paixão do começo, o brilho nos olhos já desapareceu, a rotina pode voltar mais forte do que as outras vezes. Os defeitos não vão desaparecer só porque você tentou de novo, ainda é a mesma pessoa de antes.

E aí você percebe o porquê do tentar de novo, você sabe que fez sua parte, que tentou fazer diferente, e não é culpa sua ou do outro, é que simplesmente não era pra acontecer.
E como diz Martha Medeiros existem amores que precisam dar a volta ao redor de si mesmo, fechando o próprio ciclo. E é isso que libera a gente para ser feliz de novo.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

o nosso big brother pessoal


Minha mãe sofria deste tipo de solidão mais do que eu. Todas as vezes que saiamos para almoçar só nos duas era o mesmo dilema: -Não adianta sair com você, é sempre assim, grudada nesse telefone.

Juro que acreditava que era algum tipo de exagero, que não podia ser tão ruim. Mas após ter meu blackberry furtado, vou assumir pra vocês: Se torna quase insuportável sair com alguém que não desgrudada desse aparelhinho.
Eu paro nos lugares, em uma mesa, seja um jantar ou balada. É todo mundo atualizando seus faces, twitters, em uma velocidade absurda e sinceramente ninguém conversa mais.

Eu agora entendo quando alguém que não é tão geração "mobileweb" reclama, vocês usuários de iphones e afins, podem ser muito insuportaveis quando querem. E agora que o Whatsapp pode ser baixado em qualquer aparelho? Ninguém tem mais vida, a vida se resume a um chat de programa de conversa instantânea.

Tudo bem, que estou um pouco revoltada pela minha crise de abstinência "blackberrystica", mas são essas coisas que me fazem pensar que eu realmente nasci na época errada, eu acho que ainda sinto falta de mandar cartas, não consigo lembrar há quanto tempo não escrevo uma. E sei também todas as coisas boas que a tecnologia nos trouxe, como é mais fácil escrever um e-mail ou mandar um "bbm", do que esperar dias por notícias.

Só que isso também me faz pensar em como deixamos de ser mais presentes, deixamos de realmente prestar atenção nas conversas, porque é simplesmente impossível manter um dialogo aqui e outro pelo telefone.
Deixamos passar um monte de pequenos detalhes do dia-à-dia porque não largamos os nossos brinquedos.

E ainda tem mais, achamos que temos o direito de reclamar por falta de privacidade, vivemos dizendo que todo mundo quer falar da nossa vida, que todos se importam o tempo todo.
Sendo que a realidade é que transformamos nossa pagina pessoal em uma verdadeira novela com suas atualizações instantâneas e mudanças de relacionamento, com direito a carregamentos móveis e tudo mais. Ficamos cada vez mais prisioneiros desse mundinho.

E falando sério, qual cristão não vai se interessar por um big brother desses?

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Que atitudes?


“O exemplo é uma força que repercute, de maneira imediata, longe ou perto de nós... Não podemos nos responsabilizar pelo que os outros fazem de suas vidas; cada qual é livre para fazer o que quer de si mesmo, mas não podemos negar que nossas atitudes inspiram atitudes, seja no bem quanto no mal.”
Chico Xavier


Li essa frase hoje em uma palestra, e ela ficou martelando na minha cabeça, como se quisesse me dizer um pouco mais do que está escrito.
Acho que perdi a conta de quantas vezes tive atitudes impensadas, daquelas que acordo arrependida. Mas nunca parei para pensar no que essas atitudes significaram na vida dos outros, nem que seja de alguém que estivesse como mero espectador de tudo.

Agimos na maioria das vezes, pensando unicamente no nosso bem, no que podemos ganhar. Se o outro vai perder ou sofrer, a gente deixa pra pensar depois.
Esse imediatismo que faz com que se viva cada minuto de uma vez, sem pensar que o futuro está aí, por mais que o presente seja a única certeza.

Já falei que não me orgulho desse impulso que eu carrego, e que se eu tivesse parado 2 segundos em vários momentos da minha vida, a historia estaria escrita de uma maneira diferente.
Talvez eu já tivesse casada com aquele meu namorado de infância, talvez eu tivesse pensando em outro curso de faculdade, talvez eu não deixasse o velho emprego porque o tédio me dominava. Talvez eu aceitasse um pouco a mesmice, sem reclamar tanto. Sem querer essas emoções todas ao mesmo tempo.

Quantas atitudes tidas como loucas eu já tive? E até que ponto isso realmente influenciou na vida de alguém? E de que forma isso aconteceu? Quantas pessoas não foram levadas pela minha inconseqüência, por esse jeito nem aí que não me deixa.

Eu sei que não sou importante o suficiente pra ser levada como exemplo de qualquer coisa que seja, mas acredito que a gente acaba achando certos atos "normais" por observar outras pessoas fazendo.

A cada dia, percebo que a vida é um grande ímã,e que você termina sempre atraindo o que transmite. Seja em forma de energia, de pessoas, de atitudes.
Já não entendo quem fala que a vida é injusta, ela é justa até demais. São tantas provas que a lei de causa e efeito realmente existe, que eu nem consigo mais duvidar.

Quando conheço alguém que me parece "louco", eu reflito pra pensar como o conheci e de que forma eu estava agindo. E concluo, que eu só atrai o que eu realmente transmitia no momento.

Atitudes são como bumerangues, temos que medir a força com que o lançamos, porque na volta ele pode cortar nossos dedos fora, já dizia Fernando Stein. São tantos clichês e tantas verdades, que fica chato repetir.

E mesmo assim continua tão difícil colocar em prática. E mais uma vez a única coisa que te mostra se tuas atitudes foram certas ou erradas é o tempo, tem situações que só ele te esfrega na cara, que não deveriam ter existido ou poderiam ter sido contornadas.

Acredito que as atitudes realmente influenciem no caráter de um homem, mas que o que realmente vale são suas escolhas.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Os defeitos que me consomem..

Tenho dois defeitos que realmente me tiram do sério, o primeiro é que tenho mania de perseguição e o segundo é que tenho nojinho, enjôo das pessoas instantaneamente, às vezes, de uma forma passageira, outras vezes eternas.

Eu sempre acho que todo mundo me odeia, e acredito até que contribuo pra isso, não sou tão simpática quanto gostaria de ser, e tenho atitudes talvez estranhas, inconseqüentes e impulsivas. E se eu fosse outra pessoa, eu realmente não gostaria tanto de mim assim.

Sempre que me apresentam alguém e a pessoa só fala “Oi” e não me pergunta se está tudo bem, eu já acho que é porque sou odiada, fico tentando lembrar o que eu fiz.
E como eu sofro de perda de memória recente acumulada com os meus blackouts alcoólicos, se eu te conheci um sábado de manhã, já acho que tu me odeias por alguma coisa que eu fiz sexta à noite e não lembro.

E aí eu respiro fundo, e me vêem a mente que eu sou leonina, e que tenho que parar de pensar que o mundo gira ao meu redor e que as pessoas não perdem seu tempo analisando se eu sou ou não alguém confiável. Porque ainda bem, existem pessoas que simplesmente não se importam.

Então, surge o meu segundo defeito, eu enjôo das pessoas, assim, do nada, eu simplesmente pego um abuso inexplicável de alguém, por motivos mais que diversos. Entre os mais populares, estão pessoas que eu conheço e me parecem legais, animadas, alto astral, mas aí a pessoa solta um : “Oxi neném”.

Assumo que tenho PAVOR, e em letra maiúscula, pra representar o tamanho da minha repugnância por gente que fala que nem criança. Você tá lá em um assunto super interessante e o individuo solta um “Que nindo”, com o perdão da expressão: WTF?! Como um ser-humano de mais de 20 anos, continua falando que nem bebê?!

Em 2º lugar enjôo de pessoas que tem “tiques” nervosos, como: enrolar as mechas do cabelo. Você tá tendo uma conversa séria com alguém, e a pessoa simplesmente não presta atenção, porque fica fazendo aquelas voltinhas chatas com os dedos em volta do cabelo.
Pois pronto, abusei.

Em 3º lugar, abuso de pessoas possessivas materialmente, do tipo: Não pega no meu celular, cuidado com o meu carro, não machuca a minha blusa. Que mania de Lady Kate: “É tudo meu”.

E por último, tenho horror a gente que te olha dos pés a cabeça. Você até gosta da pessoa, mas aí você vai cumprimentar, e ela te dá aquela olhada, que você fica imaginado se vocês são do mesmo mundo.

Sinceramente, sou consciente que esses defeitos foram criados por mim, até porque não é uma deformação do meu caráter, mas a mente humana cria umas coisas que nem eu entendo.
Admito que eu até queria me sentir menos perseguida e não cismar com tanta coisa pequena.
Mas o meu bom senso ainda insiste em tirar férias, e eu cometo um erro aqui, outro ali, e assim vou indo.....